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quarta-feira, 3 de abril de 2013

Inteligência em Segurança e Firewalls


Qual a diferença entre uma empresa que convive bem com as ameaças digitais com outra que está sempre na berlinda? Há muitas respostas: uma boa política de segurança, funcionários bem treinados e conscientes,  processos bem implementados e produtos de segurança bem instalados e gerenciados. Tudo isto está correto mais há algo que essas empresas tem que as outras não possuem: inteligência de segurança. Esse tema não é novo e eu já venho tratando dele há muito tempo, seja para prevenção de ameaças, seja para a segurança de redes. Nesse post trato pela primeira vez da inteligência no gerenciamento de firewalls.

Por que? Firewalls são a primeira linha de defesa de qualquer rede, e isso não mudará tão cedo. Para alguns é ainda a única. Seja qual for a geração, e sempre haverá um de próxima geração, firewalls são baseados em regras, e estas são muito simples na verdade: quem pode fazer o quê. As várias gerações de firewalls vem alterando o “quem” (de IPs para pessoas) e o quê (de serviços e portas para ações e atividades), mas a essência é a mesma, e o fato é que hoje existe pouca inteligência no gerenciamento de regras, e ainda menos inteligência em posicionar firewalls dentro do espectro de risco.

O que significa inteligência? Ela é o resultado do conhecimento. Quanto mais conhecimento mais sábias serão as decisões tomadas e mais condições teremos de antecipar acontecimentos no futuro. Empresas são administradas dessa forma há anos. É também assim que os pais parecem mais inteligentes (ou mais sábios se você preferir) que seus filhos: eles tomam decisões melhores porque possuem mais conhecimento, e portanto podem prever melhor os resultados. Muitas empresas empregam bem esse conceito na prevenção de malware e de ataque em geral, mas pouca gente o faz para os firewalls.

O que significa uma determinada regra (por que se está permitindo ou bloqueando tal acesso)? Por que ela existe (qual a função de negócio)? Quem a solicitou? Onde e quando? E até quando ela deve existir? Como a regra afeta meus níveis de risco e compliance? Vejam que não saímos do “o que, quem, por que, onde, quando e como”.  Saber as respostas para essas perguntas significa firewalls melhor configurados e mais segurança.